Índice é ainda pior considerando os níveis sociais e de raça. Em língua portuguesa, a evolução ainda é pequena. Estudo do Todos pela Educação foi feito com base nos dados do Saeb de 2007 a 2017. Por Elida Oliveira | G1 Dados divulgados pelo movimento Todos pela Educação nesta quinta-feira (21) apontam que o aprendizado de matemática dos estudantes do 3º ano do ensino médio caiu 0,7 ponto percentual (pp) no Brasil entre 2007 e 2017. Isso quer dizer que os concluintes desta etapa de ensino estão saindo da escola sabendo menos do que os estudantes formados há uma década. Nas escolas públicas, a queda foi ainda maior: de 4 pp. O índice piora quando a comparação considera raça e o nível socioeconômico do estudante. Matemática apresenta baixos índices de aprendizagem entre estudantes do 3º ano do ensino médio, ou seja, alunos estão se formando sem aprender todo o conteúdo adequado para a sua idade. — Foto: Divulgação A análise do Todos foi feita com base nos dados do Sistema de Avalia
Diretor de escola em Rio Preto (SP) transformou o local, acostumado com a violência, em um colégio democrático
Por G1 Rio Preto e Araçatuba
Um professor de São José do Rio Preto (SP) mudou a rotina em uma escola municipal, que enfrentava a indisciplina na sala de aula e o tráfico de drogas, e agora está entre os dez melhores educadores do mundo. Diego Mahfouz Faria Lima, diretor de escola, é finalista do Global Teacher Prize.
Diego Mahfouz Faria Lima, diretor de escola, é finalista do Global Teacher Prize (Foto: Reprodução/TV TEM) |
“Fiquei emocionado, inacreditável ter o nome divulgado e a gente não esperava ficar entre os 10, é algo inacreditável. Quando fiquei entre os top 50 já achei inacreditável, fiquei muito contente”, afirma o professor.
O Global Teacher Prize é uma das mais importantes premiações de docentes do mundo e o vencedor será anunciado em março, em Dubai. O prêmio é uma realização da Varkey Foundation. O anúncio foi feito por Bill Gates e o prêmio é considerado o prêmio Nobel da educação.
Diego é o único brasileiro entre os dez finalistas do concurso que vai premiar o professor que mais fez diferença na comunidade onde vive. Para o educador, ter o nome entre educadores de países considerados de primeiro mundo como Noruega, Austrália, Inglaterra, Estados Unidos é uma emoção para quem desde criança lutou contra a pobreza.
“Ter esse reconhecimento no trabalho é algo inexplicável, ainda mais internacionalmente, e uma personalidade como Bill Gates anunciando. Tenho certeza que vai ficar para sempre na minha memória”, diz.
Diego foi indicado ao prêmio por causa do trabalho que ele desenvolveu como diretor da escola Darcy Ribeiro na região mais pobre de Rio Preto, interior de São Paulo. Antes de o professor chegar à escola, o local era tomado por sujeira, depredação, e até salas incendiadas.
Os principais problemas eram a violência e o alto índice de criminalidade. Se encarar essa realidade não é fácil, imagine enfrentar. Mas aos poucos, Diego mostrou que com amor e paciência era possível mudar o cenário.
Um exemplo é o pátio da escola. O lugar era considerado um ponto de tráfico e consumo de drogas. Agora, é usado para roda de leituras e conversas. A escola virou referência no bairro. O diretor já conquistou um prêmio nacional de destaque: em 2015 ele foi vencedor da 18ª edição do Prêmio Educador Nota 10.
Em 2014, o índice de evasão era alto e pelo menos 200 alunos não iam às aulas. Atualmente, o número chegou a zero. “É muito gratificante você observar que quando você torna os alunos protagonistas do processo, passa a ouvi-los, passa a ser possível a mudança, eles levam para a vida inteira”, diz o professor.
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