Índice é ainda pior considerando os níveis sociais e de raça. Em língua portuguesa, a evolução ainda é pequena. Estudo do Todos pela Educação foi feito com base nos dados do Saeb de 2007 a 2017. Por Elida Oliveira | G1 Dados divulgados pelo movimento Todos pela Educação nesta quinta-feira (21) apontam que o aprendizado de matemática dos estudantes do 3º ano do ensino médio caiu 0,7 ponto percentual (pp) no Brasil entre 2007 e 2017. Isso quer dizer que os concluintes desta etapa de ensino estão saindo da escola sabendo menos do que os estudantes formados há uma década. Nas escolas públicas, a queda foi ainda maior: de 4 pp. O índice piora quando a comparação considera raça e o nível socioeconômico do estudante. Matemática apresenta baixos índices de aprendizagem entre estudantes do 3º ano do ensino médio, ou seja, alunos estão se formando sem aprender todo o conteúdo adequado para a sua idade. — Foto: Divulgação A análise do Todos foi feita com base nos dados do Sistema de Avalia
Aplicativo divulga histórico de julgamentos de magistrados. Competição ocorre em duas das maiores universidades dos EUA.
Por Lucas Vidigal | G1 DF
Três estudantes de Brasília embarcam na próxima terça-feira (3) para Boston, nos Estados Unidos, com uma missão nobre: apresentar uma ferramenta online que monitora a atuação de juízes brasileiros.
Os estudantes Luís Felipe, Olavo e Marcos integram time que desenvolveu aplicativo para monitorar juízes (Foto: Olavo Santana/Arquivo pessoal) |
O projeto Atrium, inteiramente desenvolvido pelo trio da equipe IP, mostra detalhes como o tempo médio que o magistrado leva para concluir um processo, e se ele tende a dar decisão favorável ou não ao pedido do advogado.
A iniciativa brasiliense concorre com outras quatro equipes do país no HackBrazil, evento que premia com R$ 50 mil o melhor projeto empreendedor. A competição ocorre em 5 e 6 de abril, sob os olhos de estudantes brasileiros da Universidade de Harvard e do (MIT) – duas das maiores universidades norte-americanas (saiba mais abaixo).
Para ganhar o prêmio, o trio de Brasília aposta no apelo à transparência no serviço público. O idealizador do projeto Atrium, Olavo Santana, de 20 anos, atuava em uma ONG de fiscalização do trabalho de deputados distritais.
“Percebi um déficit de informação pública sobre o Judiciário. São poucos os dados disponíveis”, afirmou Olavo, aluno do 7º semestre de gestão de políticas públicas na Universidade de Brasília (UnB).
Entre os dados da plataforma, há o número de processos na "mesa" de cada juiz. A partir daí, o usuário visualiza gráficos com o tempo médio de conclusão do processo, percentual de decisões favoráveis e os ramos do direito com os quais o magistrado trabalha.
Nessa fase pré-competição, o Atrium mapeia juízes de poucos tribunais. “Inicialmente, trabalhamos apenas com tribunais de justiça estaduais e Superior Tribunal de Justiça. Depois, podemos expandir o projeto”, disse Olavo.
Estratégia para advogados
A ideia inicial do trio era que todos os usuários da rede pudessem monitorar os juízes. Porém, as sessões de mentoria com empresários durante o processo levaram o grupo a definir um público-alvo: os advogados.
“No início, seria uma plataforma de controle social aberta e para o público, mas conversamos com escritórios de advocacia e vimos como nosso projeto poderia crescer”, conta Luís Felipe Lins, de 20 anos. Estudante do 5º semestre de arquitetura, ele é um dos integrantes com passagem comprada para Boston.
O aconselhamento deu certo. Escritórios de diversas partes do Brasil se ofereceram para ajudar e testar o serviço – etapa considerada essencial no desenvolvimento de startups. Nenhum dos três criadores do Atrium estuda direito.
“Eles nos procuraram para ver como funcionaria a utilidade do sistema que estavam desenvolvendo e tirar dúvidas”, contou Fellipe Dias, um dos advogados que ajudou a equipe do projeto Atrium.
Para Dias, a transparência com dados de juízes ajuda os escritórios de advocacia em três pontos:
- Preço: “Sabendo da tendência do juiz, podemos verificar se a causa tem mais probabilidade de dar certo ou de dar errado. Somando isso às nossas previsões de gastos e custos fixos, podemos estabelecer nossos honorários”.
- Realismo: “Os dados nos permitem passar expectativa realista ao cliente sobre a causa. É dessa forma que ele gosta de ser tratado”.
- Tempo: “Se temos a previsão de quanto tempo ele julgará o caso, podemos ver se há abertura para tentar modificar, apresentar uma tese diferente ou inovar. Para o cliente, isso significa resultado”.
Do cerrado para a Ivy League
Cinco equipes participam da etapa final do HackBrazil. Além do trio de Brasília, há dois times de São Paulo, um de Minas Gerais e um da Paraíba. Eles concorreram com mais de 500 inscritos em um processo seletivo iniciado em outubro.
O HackBrazil faz parte da programação do Brazil Conference, que reunirá, em Boston, palestras de ativistas, juristas, políticos e empresários do Brasil sobre o atual momento do país. O evento estreou em 2015 e é coordenado por alunos brasileiros de Harvard e do MIT – duas instituições da "Ivy League", a elite das faculdades norte-americanas.
Alunos brasileiros de Harvard e do MIT coordenam o evento, cuja primeira edição ocorreu em 2015.
Entre os palestrantes, os ministros do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso e Luiz Fux confirmaram presença, além da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. No ano passado, o evento reuniu a ex-presidente da República Dilma Rousseff e o juiz Sérgio Moro.
O HackBrazil faz parte da programação do Brazil Conference, que reunirá, em Boston, palestras de ativistas, juristas, políticos e empresários do Brasil sobre o atual momento do país. O evento estreou em 2015 e é coordenado por alunos brasileiros de Harvard e do MIT – duas instituições da "Ivy League", a elite das faculdades norte-americanas.
Alunos brasileiros de Harvard e do MIT coordenam o evento, cuja primeira edição ocorreu em 2015.
Entre os palestrantes, os ministros do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso e Luiz Fux confirmaram presença, além da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. No ano passado, o evento reuniu a ex-presidente da República Dilma Rousseff e o juiz Sérgio Moro.
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