Pular para o conteúdo principal

Cai aprendizado de matemática no último ano do ensino médio, aponta levantamento

Índice é ainda pior considerando os níveis sociais e de raça. Em língua portuguesa, a evolução ainda é pequena. Estudo do Todos pela Educação foi feito com base nos dados do Saeb de 2007 a 2017. Por Elida Oliveira | G1 Dados divulgados pelo movimento Todos pela Educação nesta quinta-feira (21) apontam que o aprendizado de matemática dos estudantes do 3º ano do ensino médio caiu 0,7 ponto percentual (pp) no Brasil entre 2007 e 2017. Isso quer dizer que os concluintes desta etapa de ensino estão saindo da escola sabendo menos do que os estudantes formados há uma década. Nas escolas públicas, a queda foi ainda maior: de 4 pp. O índice piora quando a comparação considera raça e o nível socioeconômico do estudante. Matemática apresenta baixos índices de aprendizagem entre estudantes do 3º ano do ensino médio, ou seja, alunos estão se formando sem aprender todo o conteúdo adequado para a sua idade. — Foto: Divulgação A análise do Todos foi feita com base nos dados do Sistema de Avalia

Guterres: “Educação deve ser a paixão de todos os governos”

Chefe da ONU participou sexta-feira no lançamento do Fundo Financeiro Internacional para a Educação; novo mecanismo conta com $US 10 bilhões para investimentos; petição assinada por 1,5 milhão de jovens frisa que deve haver mais investimento na área.


Alexandre Soares | ONU

O secretário-geral da ONU disse esta sexta-feira que, a “educação deve ser a paixão de todos os governos, mas também dever ser a paixão da comunidade internacional.”

Secretário-geral com o ex-primeiro-ministro britânico, Gordon Brown | ONU/Eskinder Debebe

António Guterres participava, em Nova Iorque, no lançamento do Fundo Financeiro Internacional para a Educação. O mecanismo, criado pelo ex-primeiro-ministro britânico Gordon Brown, tem o apoio da ONU e do Banco Mundial.

Petição

Guterres afirmou que “muito progresso foi feito” nas últimas décadas, mas que 264 milhões de crianças e adolescentes continuam sem ir à escola.

O chefe da ONU diz que foi sempre uma surpresa a pouca atenção dada ao tema no trabalho humanitário. Segundo ele, “o financiamento humanitário para a educação era, e continua a ser, extremamente reduzido.”

Para o secretário-geral, “é importante começar cedo, não dar prioridade aos que estão relativamente bem, mas aos que são marginalizados, e cuidar da qualidade da educação.” Segundo ele, “não é suficiente ter educação, a qualidade é essencial.”

Durante a cerimónia, os dois representantes receberam uma petição assinada por 1,5 milhão de jovens em todo o mundo destacando maiores investimentos em educação. O documento foi entregue por ativistas da Índia, do Quénia e da Serra Leoa.

Guterres considerou importante que a iniciativa “venha da vontade das pessoas, dos jovens que querem construir um futuro melhor, e do reconhecimento da comunidade internacional de que a educação é, não só a base para o desenvolvimento e paz, mas também um instrumento fantástico para os desafios enfrentados.”

Fundo

Segundo uma nota do porta-voz do secretário-geral, o mecanismo vai tornar disponíveis $US 10 bilhões para investimentos em educação.

O novo mecanismo vai trabalhar em conjunto com o Comitê para a Educação dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável 2030, coordenado pela Organização da ONU para Educação, Ciência e Cultura, Unesco.

Guterres acredita que o novo fundo vai facilitar a angariação de fundos para a educação. O chefe da ONU saudou o apoio do Banco Mundial e dos Bancos de Desenvolvimento Regional à proposta e disse esperar apoio dos Estados-membros.

O secretário-geral lembrou ainda que, na próxima década, 1 bilhão de crianças vão entrar no mercado de trabalho.

Segundo ele, “a educação precisa de resolver as necessidades de hoje, mas também precisa preparar para o futuro, e o futuro está a mudar muito rapidamente.”

Guterres terminou com um apelo, dizendo “vamos tornar o impossível possível.”

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Para economizar recursos, governo vai fechar 18 escolas estaduais em Goiás, diz secretária

Pais e alunos reclamam da mudança, e temem ser remanejados para unidades distantes. Flávia Gavioli garante que nenhum estudante ficará sem vaga na rede. Por  Murillo Velasco | G1 GO A Secretaria Estadual de Educação anunciou, na sexta-feira (18), que, para economizar recursos, vai fechar 18 escolas estaduais de Goiás. Após o anúncio, pais e alunos reclamaram da mudança, afirmando temer ser remanejados para unidades distantes de casa ou até mesmo ficar sem estudar. No entanto, a secretária Flavia Gavioli garante que ninguém vai ficar sem vaga. Família teme o fim da escola em período de tempo integral, em Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera “A ordem é economizar, é racionalizar, é ser bastante sério com a aplicação do recurso público. Eu sou conhecedora do desgaste. Eu sei o tanto que isso pode ser traumático neste momento. Mas eu garanto, tudo isto que está sendo feito é justamente para que todo o povo goiano entenda que existe um ar de seriedade na aplicação dos recursos

Alunos de Fortaleza são selecionados para estudar na Nasa

Os 14 alunos tentam juntar recursos financeiros para cobrir os custos. Por Ranniery Melo | G1 CE Um grupo de estudantes de Fortaleza foi selecionado para viajar aos Estados Unidos e fazer um curso na Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (Nasa). Os 14 alunos que estudam entre o 9º ano de Ensino Fundamental e o 2º ano do Ensino Médio de um colégio no Bairro Quintino Cunha, participarão de aulas de imersão em engenharia e tecnologia. Estudantes cearenses são selecionados para curso de uma semana na Nasa (Foto: Divulgação/Colégio Dom Felipe) "Eles terão contato com engenheiros da Nasa que desenvolvem os spinoffs, ou seja, a tecnologia que a Nasa desenvolve para o espaço e adapta para o que nós usamos no dia a dia, como câmeras de celulares", conta a coordenadora pedagógica da escola, Priscila Reis. Segundo a educadora, o objetivo do curso é captar talentos que futuramente possam desenvolver uma carreira nas áreas de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemá

Mestrado Profissional em Estudos Marítimos da Escola de Guerra Naval

A Escola de Guerra Naval (EGN) publicou o edital do processo seletivo para ingresso no Programa de Pós-Graduação em Estudos Marítimos (PPGEM), em nível de Mestrado Profissional (stricto sensu). Poder Naval As inscrições podem ser feitas de 27 de agosto a 10 de outubro. Poderão inscrever-se civis e militares que possuam graduação completa reconhecida pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC). A Turma/2019 tem início previsto em março do ano que vem, tendo o curso duração de dois anos. Os Estudos Marítimos conformam um campo acadêmico interdisciplinar, que abrange as relações políticas e sociais do homem com os espaços marítimos e as águas interiores. O Programa se estrutura em torno da área de concentração “Defesa, Governança e Segurança Marítimas”, contando com três Linhas de Pesquisa: I – Política e Estratégia Marítimas; II – Regulação do Uso do Mar, Processo Decisório e Métodos Prospectivos; e III – Política e Gestão em Ciência, Tecnologia e Inovação no Ambiente Marítimo.