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Cai aprendizado de matemática no último ano do ensino médio, aponta levantamento

Índice é ainda pior considerando os níveis sociais e de raça. Em língua portuguesa, a evolução ainda é pequena. Estudo do Todos pela Educação foi feito com base nos dados do Saeb de 2007 a 2017. Por Elida Oliveira | G1 Dados divulgados pelo movimento Todos pela Educação nesta quinta-feira (21) apontam que o aprendizado de matemática dos estudantes do 3º ano do ensino médio caiu 0,7 ponto percentual (pp) no Brasil entre 2007 e 2017. Isso quer dizer que os concluintes desta etapa de ensino estão saindo da escola sabendo menos do que os estudantes formados há uma década. Nas escolas públicas, a queda foi ainda maior: de 4 pp. O índice piora quando a comparação considera raça e o nível socioeconômico do estudante. Matemática apresenta baixos índices de aprendizagem entre estudantes do 3º ano do ensino médio, ou seja, alunos estão se formando sem aprender todo o conteúdo adequado para a sua idade. — Foto: Divulgação A análise do Todos foi feita com base nos dados do Sistema de Avalia

Cuidadores de alunos deficientes em escolas estaduais do Rio de Janeiro denunciam que estão sem remuneração desde setembro

Segundo profissionais, que cuidam de crianças e adolescentes, falta de remuneração começou quando o serviço prestado pela Secretaria Estadual de Educação foi terceirizado.


Por Yasmim Restum* | G1 Rio

Cuidadores de crianças e jovens com deficiência denunciam que estão trabalhando em escolas estaduais do Rio de Janeiro há quase dois meses sem receber salários e benefícios.

Colégio Estadual Doutor Albert Sabin é uma das unidades de educação públicas que necessita de cuidador para aluno deficiente — Foto: Reprodução/ Google Street View
Colégio Estadual Doutor Albert Sabin é uma das unidades de educação públicas que necessita de cuidador para aluno deficiente — Foto: Reprodução/ Google Street View

Uma funcionária, que não quis se identificar, contou ao G1 que também está sem receber a passagem e não há previsão para regularização dos pagamentos.

"Nem a nossa carteira de trabalho eles devolveram assinada ainda e quando ligo falam que não tem dia certo pra pagar. Não tenho mais com quem pegar dinheiro emprestado, tem dia que acabo faltando porque minhas contas estão todas atrasadas, moro com meu filho e eu que sustento a casa", desabafou.

Outro funcionário, que também não quis se identificar, criticou a atuação das supervisoras da Adeso que, segundo ele, cobram a presença dos funcionários nas escolas estaduais por meio do envio de 'localização em tempo real' por aplicativo.

"A supervisora pede diariamente que a gente envie nossa localização pelo whatsapp para controlar nossa presença no trabalho e fotografe folha de ponto, sendo que nem pago a gente é. Isso é trabalho escravo".

Ele questiona ainda a administração das faltas e contratação esporádica de cuidadores substitutos diante da falta de pagamento dos que já têm contrato permanente.

"Cada cuidador é responsável por uma única criança na sala de aula, no banheiro, refeitório, não tem como cuidar de mais de um. Assim, se o monitor não tiver condição de trabalhar, ele tem que avisar para que chamem um substituto. Mas se eles não dão conta de pagar nem a gente, como vão pagar o substituto?", indaga.

O que diz a secretaria

A Secretaria Estadual de Educação (Seeduc) afirma que a responsabilidade de fazer os pagamentos e coordenar o trabalho dos cuidadores de crianças com deficiência para a Associação para o desenvolvimento social, educacional, cultural, e de apoio à inclusão, acessibilidade e diferença (Adeso), escolhida por licitação.

Em resposta, a Adeso informou que, ao assumir o contrato, havia uma previsão que contava com a captação de recursos financeiros junto a um banco para pagamento dos salários e outros benefícios dos funcionários.

No entanto, a organização afirmou que, por conta da situação financeira do Governo do Estado do Rio de Janeiro, o banco recusou a garantia oferecida e a Adeso se disse "pega de surpresa".

Diante disso, a associação garantiu que fez o pagamento do vale transporte para a maioria dos funcionários e programou o pagamento do salário e vale alimentação para até o final do mês de outubro, prazo limite para o repasse de verba à associação pela Seeduc, segundo a Ong.

Referente ao controle do comparecimento ao trabalho, a Adeso esclareceu que é feito "apenas o acompanhamento da frequência e que não existe nenhum tipo de pressão no sentido de obrigar o funcionário a trabalhar caso ele não queira".

A Secretaria de Estado de Educação respondeu ao G1 que vai entrar em contato com a Ong para verificar o que aconteceu e solucionar a situação.

*Estagiária, sob supervisão de João Ricardo Gonçalves


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