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Cai aprendizado de matemática no último ano do ensino médio, aponta levantamento

Índice é ainda pior considerando os níveis sociais e de raça. Em língua portuguesa, a evolução ainda é pequena. Estudo do Todos pela Educação foi feito com base nos dados do Saeb de 2007 a 2017. Por Elida Oliveira | G1 Dados divulgados pelo movimento Todos pela Educação nesta quinta-feira (21) apontam que o aprendizado de matemática dos estudantes do 3º ano do ensino médio caiu 0,7 ponto percentual (pp) no Brasil entre 2007 e 2017. Isso quer dizer que os concluintes desta etapa de ensino estão saindo da escola sabendo menos do que os estudantes formados há uma década. Nas escolas públicas, a queda foi ainda maior: de 4 pp. O índice piora quando a comparação considera raça e o nível socioeconômico do estudante. Matemática apresenta baixos índices de aprendizagem entre estudantes do 3º ano do ensino médio, ou seja, alunos estão se formando sem aprender todo o conteúdo adequado para a sua idade. — Foto: Divulgação A análise do Todos foi feita com base nos dados do Sistema de Avalia

Dia Mundial dos Professores enfatiza importância de qualificação de docentes

Agências destacam que 617 milhões de crianças e adolescentes não têm educação básica; cerca de 69 milhões de novos professores são necessários para cobrir lacunas no setor.


ONU News

Este 5 de outubro marca o Dia Mundial dos Professores, com o tema “O direito à educação significa o direito a um professor qualificado”.

Dia Mundial dos Professores. Foto: Unesco
Dia Mundial dos Professores. Foto: Unesco, by dsu-admin

Diretores de várias agências assinaram uma declaração conjunta que enfatiza que o tema deste ano “lembra à comunidade global que o direito à educação não pode ser alcançado sem o direito a professores treinados e qualificados”.

Despertar Curiosidade

A ONU News conversou com o professor brasileiro de matemática Cândido Moura, da cidade de Ubatuba, que desenvolveu um projeto que enviou um satélite para o espaço com alunos com idades entre 10 a 12 anos.

Para o docente, a área de ciências, por exemplo, está muito distante da realidade dos estudantes e a escola, além de ensinar, precisa despertar a curiosidade nas crianças, trazendo a ciência para perto delas.

“Eu acho que este tipo de engajamento, este despertar de sonho no aluno é uma coisa muito importante, tão ou mais importante que o conhecimento acadêmico em si, porque é isso que vai fazer ele ter garra e vontade de seguir na luta.

Em 2018, as celebrações coincidem com os 70 anos da adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos. O documento reconhece a educação como um direito fundamental e prevê o direito à educação obrigatória gratuita, garantindo acesso inclusivo e equitativo para todas as crianças.

Professores Treinados

O grupo é formado pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, a Organização Internacional do Trabalho, OIT, o Fundo da ONU para a Infância, Unicef, o Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud, e a federação global de sindicatos de professores Educação Internacional.

A declaração destaca que cerca de 617 milhões de crianças e adolescentes não obtiveram a alfabetização básica ou domínio da aritmética. O número equivale a 60% do total mundial de indivíduos nessa idade.

As crianças mais pobres e marginalizadas, incluindo aquelas que vivem em áreas afetadas por conflitos, correm maior risco de estar fora da escola ou frequentar centros de educação, mas aprendendo muito pouco.

Recomendação

O Dia Mundial dos Professores é celebrado há 14 anos, e marca a assinatura da Recomendação da OIT e da Unesco de 1966, sobre o Estatuto dos Professores.

De acordo com a declaração, a falta de professores é um desafio em todo o mundo. Estima-se que 264 milhões de crianças e jovens ainda estejam fora da escola em nível global.

Calcula-se que 69 milhões de novos professores sejam necessários para alcançar os Objetivos de Educação da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável sobre a educação primária e secundária universal.

De acordo com as agências, a falta de professores é mais grave entre as populações vulneráveis como meninas, crianças com deficiência, refugiados e migrantes, ou menores de idade que sejam pobres vivendo em áreas rurais ou remotas.

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