Índice é ainda pior considerando os níveis sociais e de raça. Em língua portuguesa, a evolução ainda é pequena. Estudo do Todos pela Educação foi feito com base nos dados do Saeb de 2007 a 2017. Por Elida Oliveira | G1 Dados divulgados pelo movimento Todos pela Educação nesta quinta-feira (21) apontam que o aprendizado de matemática dos estudantes do 3º ano do ensino médio caiu 0,7 ponto percentual (pp) no Brasil entre 2007 e 2017. Isso quer dizer que os concluintes desta etapa de ensino estão saindo da escola sabendo menos do que os estudantes formados há uma década. Nas escolas públicas, a queda foi ainda maior: de 4 pp. O índice piora quando a comparação considera raça e o nível socioeconômico do estudante. Matemática apresenta baixos índices de aprendizagem entre estudantes do 3º ano do ensino médio, ou seja, alunos estão se formando sem aprender todo o conteúdo adequado para a sua idade. — Foto: Divulgação A análise do Todos foi feita com base nos dados do Sistema de Avalia
A alta riqueza nacional não garante acesso igualitário a uma educação de qualidade, sugere um novo relatório divulgado nesta terça-feira (30) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
ONU
O relatório incorpora novos dados de 41 países ricos e membros da União Europeia e da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Relatório do UNICEF apontou que riqueza dos países não garante oferta de educação de qualidade. Foto: Banco Mundial/Irina Oleinik |
Os países foram avaliados quanto ao acesso das crianças a uma educação de qualidade e às diferenças de desempenho entre elas nos níveis pré-escolar e primário.
De acordo com o relatório, alguns dos países mais pobres pesquisados, como Letônia e Lituânia, demonstram maior taxa de matrícula na pré-escola e desempenho de leitura mais compatível entre seus alunos do que os países mais ricos.
A pesquisa foi conduzida pelo escritório de pesquisa Innocenti do UNICEF, estabelecido para coletar dados em apoio à defesa dos direitos das crianças em todo o mundo.
“Os países podem oferecer a seus filhos o melhor dos dois mundos: eles podem alcançar padrões de excelência em educação e ter uma desigualdade relativamente baixa”, disse a diretora do centro de pesquisa, Priscilla Idele.
Ela acrescentou que os países ricos “podem e devem” intensificar seus esforços para garantir que as crianças de famílias desfavorecidas tenham acesso à educação de qualidade, já que elas têm mais chance de serem deixadas para trás.
Circunstâncias que vão além do controle das crianças, segundo o relatório, estão levando alguns alunos a ter desempenho melhor que os demais. As famílias mais pobres, por exemplo, mostram menores taxas de frequência na pré-escola, enquanto as crianças migrantes de primeira geração têm mais dificuldades do que as crianças não imigrantes.
O relatório sugere modificações nos programas de educação infantil, ajuda a famílias de baixa renda para reduzir as disparidades socioeconômicas e a produção de mais dados sobre o assunto, por meio de estudos mais longos e aprofundados, com o objetivo de melhorar a acessibilidade e o desempenho geral da educação.
O relatório é parte da iniciativa “Innocenti Report Card”, projetado para monitorar e comparar o desempenho dos países ricos na garantia dos direitos das crianças.
Esta pesquisa destina-se a ajudar a garantir que todas as meninas e meninos completem o ensino primário e secundário gratuito, equitativo e de qualidade até 2030, um foco central do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 4, uma das 17 metas globais estabelecidas pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2015.
Clique aqui para acessar relatório completo (em inglês).
Comentários
Postar um comentário